Synopsis
Os símbolos têm um efeito muito poderoso na psique humana, sendo mais eficientes do que palavras, já que o significado encerrado em um termo qualquer nunca traduz, de fato, a essência que busca comunicar.
Um exemplo é aquele usado pelos professores de português para explicar o conceito de substantivo abstrato através do vocábulo “amor”. Como definir o amor usando simples palavras? Seria preciso uma infinidade de sentenças – que talvez viessem até mesmo a formar um livro – para dar uma ideia do que é o amor. E certamente não corresponderia à realidade.
Um símbolo, por sua vez, é bem mais abrangente. Em The Cambridge Companion to Jung, os psicólogos Polly Young-Eisendrath e Terence Dawson definem símbolo da seguinte maneira: “a melhor expressão possível para algo que é inferido, mas não diretamente conhecido, ou que não pode ser definido adequadamente por meio de palavras”.
Um pouco mais adiante, os organizadores alertam: “um símbolo não deve ser confundido com um ‘sinal’”. A diferença entre símbolo e sinal é curiosa e tem a ver não com a representação em si, mas com o receptor da informação. Por exemplo, para um cristão que passa em frente a uma igreja, a cruz no alto do campaná...